O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é caracterizado por um padrão recorrente de comportamentos desafiadores, hostis e desobedientes. Geralmente envolvendo a recusa em seguir regras, argumentação excessiva com figuras de autoridade, irritabilidade constante, comportamento vingativo e dificuldade em lidar com a frustração.
Os sintomas do TOD geralmente aparecem na infância ou no início da adolescência e podem se manifestar de maneira mais intensa em casa ou em ambientes familiares. Os pais ou responsáveis pela criança podem notar que a criança está desafiando as regras, desrespeitando a autoridade dos adultos e tendo dificuldade em seguir as orientações dadas. Muitas vezes demonstrando um padrão emocional bastante instável e violento, tendo rompentes de agressividade quando contrariadas ou frustradas.
“Quantitativamente, o transtorno atinge uma média de 6% das crianças e adolescentes, e é similar em ambos os gêneros, porém, apresenta-se com maior persistência em crianças do gênero masculino e suas características variam de acordo com a idade da criança e a gravidade do transtorno” (Da Silva,2017)
O tratamento para o TOD geralmente envolve terapia comportamental e treinamento de habilidades sociais. Neste processo o paciente vai desenvolver habilidades de resolução de problemas, controle de impulsos e gestão de emoções. Neste processo buscamos identificar os comportamentos desafiadores que ele exibe e as situações em que eles ocorrem. A partir daí, o paciente aprende novas formas de se comportar nessas situações e de lidar com as emoções associadas a elas. O treinamento de habilidades sociais pode envolver a prática de interações sociais positivas e a construção de amizades saudáveis. Em alguns casos, a medicação também pode ser prescrita, pelo psiquiatra responsável, para ajudar a controlar os sintomas mais agudos do TOD.
É importante lembrar que o TOD é um transtorno tratável e que o tratamento precoce pode ajudar a prevenir a progressão do transtorno e limitar os efeitos negativos na vida da pessoa e da família. Além disso, a criação de um ambiente de suporte e o envolvimento da família na terapia podem ajudar a melhorar os resultados do tratamento e a promover a recuperação adequada. Vale ressaltar que o diagnóstico do TOD, assim como todo diagnóstico de transtornos mentais, deve ser feito por um profissional. Caso você se identifique com os sintomas descritos ou conheça alguém com um quadro semelhante busque um psicólogo ou psiquiatra.
Referência: DA SILVA, T. C. G. (2017). Transtorno Opositor Desafiador-Como enfrentar o TOD na escola. Monografia apresentada ao Instituto A Vez dos Mestres, Professora Orientadora: Fabiane Muniz, UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES, Rio de Janeiro.
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