Fobias são transtornos de ansiedade caracterizados por medos irracionais e intensos em relação a situações ou objetos específicos. São transtornos marcados por um medo desproporcional ao perigo, apresentado ou imaginário, que a situação ou objeto representa. Geralmente ocasionando reações físicas como sudorese, taquicardia, tremores e dificuldade de respirar.
“Este medo pode gerar também a ansiedade antecipatória, neste caso, o indivíduo fica ansioso só com o fato de rememorar o alvo gerador de sua fobia. Em geral, a fobia é diagnosticada se estiver atrapalhando o dia-a-dia da pessoa e ela admitir que esse medo é excessivo. Uma pessoa fóbica constantemente, evita o contato com o elemento causador de seu mal-estar.” (Vicelli apud Guimarães, 2015) As fobias podem ser divididas em três tipos principais: fobias específicas, fobia social e agorafobia.
As fobias específicas são medos intensos e persistentes em relação a um objeto ou situação particular, como medo de altura, de aranhas, de lugares fechados, entre outros. Esses medos podem causar prejuízos significativos na vida da pessoa, impedindo-a de realizar atividades cotidianas. Quanto mais comum for o objeto alvo deste medo, maior a probabilidade de que esta fobia venha a acarretar em prejuízos significativos a rotina.
Já a fobia social se trata do medo irracional e persistente a situações sociais em que a pessoa possa se sentir exposta, julgada ou avaliada negativamente. Tronando as interações sociais uma experiencia penosa e difícil de se vivenciar. Essa fobia pode causar isolamento social e prejuízos nas relações pessoais e profissionais.
Outro tipo muito comum de fobia é conhecido por agorafobia. Um medo irracional de estar em lugares públicos ou em situações em que a pessoa sinta que não pode escapar ou receber ajuda em caso de um ataque de pânico. Aglomerações, lugares fechados, pouco iluminados, lugares isolados ou com um grande fluxo de pessoas desconhecidas podem desencadear uma intensa angustia nessas pessoas. O que as leva a evitar sair de casa ou ir a lugares que não consideram seguros, o que pode prejudicar sua qualidade de vida.
A psicologia comportamental pode auxiliar os fóbicos através de técnicas como a exposição gradual e a dessensibilização sistemática, ajudando o paciente a enfrentar gradativamente as situações que lhe causam medo, sem que isso leve a uma resposta de ansiedade excessiva. O processo de dessensibilização sistemática envolve a apresentação gradual do estímulo causador do medo, proporcionando ao paciente uma ambiência segura, onde possa aprende a lidar com o medo gradativamente, o que contribui para reduzir a intensidade e frequência das crises de ansiedade.
Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicação para controlar os sintomas de ansiedade. O tratamento é importante para que a pessoa possa superar seus medos e retomar sua vida normalmente.
Referência: Guimarães, A. M. V., da Silva Neto, A. C., Vilar, A. T. S., da Costa Almeida, B. G., de Oliveira Fermoseli, A. F., & De Albuquerque, C. M. F. (2015). Transtornos de ansiedade: um estudo de prevalência sobre as fobias específicas e a importância da ajuda psicológica. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, 3(1), 115-128.